RONALD DICKMAN - DIGITAL ARTS

Publicações | Publications

As publicações de Ronald Dickman são um convite para mergulhar em seu universo visual, onde cada imagem contém uma história e cada página se torna uma janela para novas perspectivas.

O artista consolidou sua visão em obras que registram o olhar sensível com que enxerga o mundo. Suas publicações são mais do que compilações fotográficas – são experiências imersivas que transportam o leitor para cenários urbanos, paisagens introspectivas e narrativas visuais.

Ronald Dickman’s publications are an invitation to delve into his visual universe, where each image tells a story and each page becomes a window to new perspectives.

The artist has consolidated his vision in works that record the sensitive gaze with which he sees the world. His publications are more than photographic compilations – they are immersive experiences that transport the reader to urban settings, introspective landscapes and visual narratives.

Estudos Urbanos (2023)

Esse foi o meu primeiro fotolivro.

As imagens exibidas neste livro retratam o que encanta meu olhar ao caminhar pela cidade. Olhar de pintor abstrato, amante de cores e ordem geométrica, mas que na confusão das ruas defronta com texturas e superfícies rugosas, reflexos distorcidos; cortinas; um portão enferrujado; um muro desbotado; uma selva de cores; janelas translúcidas; grades e telas que se entrelaçam em padrõesúnicos; sombras de fios e

lixeiras espelhadas nas calçadas; esquinas cujos ângulos revelam os desencontros de casas e ruas… mas também jardins exuberantes transbordando seus espaços confinados, e paisagens inesperadas.

Deixo registrado na minha câmera um improviso coletivo que desenha quadros vivos de bairros com uma história legível, em evolução. Um grito contra invasão por inumeráveis prédios gigantescos, padronizados.

Urban Studies (2023)

This was my first book of photographs.

The images in this collection show what catches my eye as I walk through the city. Eye of an abstract painter, enamored with colors and geometric order, but distracted in the confusion of the street by rough textures and surfaces, distorted reflections, curtains; a rusty door; a faded wall; a jungle of colors; translucent windows; interlaced gratings and screens; shadows of wires and trash hoppers mirrored on sidewalks; corners whose angles mark the misalignment of streets and houses…
But also: exuberant gardens overflowing their confines, and unexpected landscapes.
In my camera, I leave a record of the collective improvisation that draws living
pictures of neighborhoods with a legible, evolving history. A cry against invasion
by countless monolithic, faceless buildings.

Cultura Material (2024)

Este é meu segundo fotolivro.

Sociedades são caracterizadas pela sua tecnologia ou cultura material. Estudos de povos antigos investigam as suas ferramentas, construções, monumentos e também seus lixos, artefatos quebrados e grafite. Hoje, a cultura material é complementada pela ciência de materiais: a análise e síntese de todo tipo de substância, incluindo muitas com propriedades inimagináveis anteriormente.* Mas os materiais, sejam

funcionais, nobres, baratos, ultrapassados ou descartados, possuem um aspecto visual que revela como foram alterados por pessoas, o tempo e as forças naturais.

Este livro é sobre as rachaduras, indentações, manchas, oxidação, rugosidades, fraturas, abrasões e outros estragos que danificam e assim conferem beleza aos materiais. É superficial, literalmente, sendo restrito, na terceira dimensão, à camada nanométrica que a luz visível consegue penetrar e, refletida, escapar para a nossa visão. 

As páginas são populadas por padrões e texturas.†  Alguns são aleatórios, como a borda de um cartaz rasgado ou um salpico de tinta jogada em uma parede. Outros revelam a regularidade de algum processo natural (pequenos riachos de água na areia) ou industrial (marcas repetidas em aço estampado). Alguns são fractais, com cópias do padrão principal repetidas, com variações, em diferentes escalas. Quando os elementos de um padrão são tão numerosos que não podem ser vistos individualmente, percebemos uma textura, evocando a nossa imaginação tátil.

As combinações de cores que surgem da abrasão e corrosão, ou exposição de camadas antigas de tinta ou gesso ultrapassam o cotidiano, às vezes lembrando as harmonias ácidas dos mestres da pintura Persa ou dos Expressionistas Abstratos.

Em outros casos, o padrão se mostra mais nitidamente quando restrito a preto e branco.

Os materiais e seus defeitos geram linhas e formas infindas. Rachaduras definem campos de linhas paralelas, se transformam no labirinto de uma cidade medieval, ou curvam-se para encontrar os vizinhos em ângulos retos. Além dos retângulos, cilindros e malhas de artefatos industriais, há formas sem um nome próprio, algumas ramificadas, outras como bolhas deformadas, sugerindo bactérias ou algum processo orgânico.

Qual o fio da meada ligando as imagens colecionadas aqui? Em uma palavra, a imperfeição. Exilados do mundo das formas platônicas, valorizamos os acidentes que fazem os objetos reais existir no tempo, e possuir uma história, que os fazem únicos.

Embora criadas por um pintor abstrato, essas fotografias transcendem a pintura convencional: detalhes cruciais, reflexos e sombras seriam perdidos na trama da tela, na textura do papel, ou na largura do pincel. Apesar da pretensão de registrar fielmente as aparências de objetos, as imagens neste livro falam a linguagem da pintura abstrata. Não obstante o medo dos ludistas de uma era passada, a fotografia não substituiu a pintura. Ela deixou a pintura expandir em novas dimensões, mas ao mesmo tempo ficou contaminada: O meio documentário emblemático começou a excitar a fantasia visual.

*Para uma discussão fascinante e visualmente cativante, ver The Cambridge Guide to the Material World, por R. M. J. Cotterill (Cambridge University Press, Cambridge, 1985).

†Como físico teórico, muitas vezes me pergunto quais das equações já desenvolvidas para descrever a formação de padrões se aplicam aos exemplos que fotografei. Em alguns casos tenho uma boa ideia, mas não sempre!

*Para uma discussão fascinante e visualmente cativante, ver The Cambridge Guide to the Material World, por R. M. J. Cotterill (Cambridge University Press, Cambridge, 1985).

†Como físico teórico, muitas vezes me pergunto quais das equações já desenvolvidas para descrever a formação de padrões se aplicam aos exemplos que fotografei. Em alguns casos tenho uma boa ideia, mas não sempre!

Material Culture (2024)

This is my second book of photos.

Societies are characterized by their technology or material culture. Studies of earlier peoples focus on their tools, buildings, monuments, as well as on their trash, broken artifacts and graffiti. Today, material culture is complemented by materials science: the analysis and synthesis of all manner of substances, including many with properties previously undreamt of.* But materials, whether
functional, noble, cheap, outmoded or discarded, have a visual aspect that reveals how they have been changed by people, time and the elements.

This book is about the dents, cracks, oxidation, stains, wrinkling, fracture, abrasion and other insults that mar and thereby beautify materials. It is literally superficial, restricted, in the third dimension, to the nanometric layer visible light manages to penetrate and, once reflected, escape outward to our sight.

Patterns and textures fill these pages.† Some are random, like the edge of a torn street poster or the splash of paint thrown at a wall. Others reveal the regularity of some natural or industrial process: rivulets of water on sand, or repeated marks on stamped steel. Some are fractal, with copies of the main pattern repeated, with
variations, at different scales. When the elements of a pattern are too many to see individually, our perception is of a texture, and immediately evokes our tactile imagination.

The color combinations arising from wear and corrosion or the exposure of ancient layers of paint or plaster surpass our everyday visual diet, sometimes calling to mind the acid harmonies of Persian masters or the Abstract Expressionists. In other cases the pattern is best seen in stark black and white.

Materials and their defects generate lines and shapes of endless variety. Cracks define fields of parallel lines, fragment into the labyrinths of medieval city plans, or curve to encounter their neighbors at right angles. Beyond the rectangles, cylinders and grids of industrial production are shapes lacking a specific name,
some treelike, others deformed blobs suggesting bacteria or some organic process.

What common thread unifies the images collected here? In a word, imperfection. Exiled from the world of Platonic forms, we admire the accidents that allow realobjects to exist in time, to possess a history making each unique.

Although made by an abstract painter, these photographs transcend conventional painting: Crucial details, highlights and shadows would be lost in the weave of the canvas, the grain of the paper, or the spread of the paintbrush. Despite pretending to record faithfully the surfaces of certain objects, the images do speak the language of abstract painting. Photography did not, as Luddites of an earlier age feared, replace painting. It expanded painting in new dimensions, while itself being contaminated: The documentary medium par excellence came to excite visual fantasy.

*For a fascinating and visually captivating account, see The Cambridge Guide to the MaterialWorld, by R. M. J. Cotterill (Cambridge University Press, Cambridge, 1985).

†As a theoretical physicist, I’m often driven to speculate which (if any) of the equations that have been devised to describe pattern formation apply to the examples I’ve photographed. Sometimes I have a good hunch, but in certain cases I’m quite lost!

Postais (2024)

Um tema recorrente nas minhas fotos é caixas correio, com toda a sua riqueza de cor, textura e improviso. Em 2024 lancei uma edição limitada (100 conjuntos) de uma coleção de dez postais com imagens selecionadas de caixas. Apesar de ser uma auto-publicação, as imagens são de alta qualidade, impressas em papelão adequado para postais. As coleções já forem enviadas para os EUA, a Europa a Índia, e muitos lugares no território nacional. Os últimos exemplares ainda estão disponíveis, a baixíssimo preço! Entre em contato para pedir a sua coleção.

Novas coleções de postais estão planejados para lançar em 2025!.

Postcards (2024)

Mail slots, with all their richness of color, texture, and improvosation, are a recurring theme in my photos. In 2024 I produced a limited edition (100 sets) of a collection of ten postcards with selected images of mail slots. Despite being self-published, the images are of high quality, printed on postcard stock. Collections have been sent to the US, Europe, India and many places in Brazil. There are still a few sets left, available at very low cost. Contact me to order yours!

New sets of postcards are planned for 2025!

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